Indicação de livro da semana: O Retrato de Dorian Gray

Galerinha do bem... Minha indicação de livro hoje vai para a obra de um gênio: Oscar Wilde. Inteligente o homem, e algumas vezes radical em suas citações, em minha opinião.

Eu li “O retrado de Dorian Gray” pela primeira vez com 10 anos, obviamente, eu não entendi nada daquela abordagem homoerótica. O livro possui uma linguagem de época, um pouco difícil, e tive de reler um tempo depois para compreender de verdade afinal, ler só por ler, de nada adianta.

É possível retirar diversas citações interessantes, inclusive algumas polêmicas, dependendo do ponto de vista do leitor.

Ciúmes, adoração excessiva à beleza, medo de envelhecimento, egoísmo, amor (de amigos ou homossexual, fica à interpretação de cada um), são os tipos de coisas que verão nesta esplêndida obra.

Gostei bastante, e por isso indico aos amigos, amantes da boa leitura. Fico no aguardo de opiniões, sugestões ou críticas, pedindo somente que estas não sejam ofensivas. “Puxões de orelha” construtivos sempre valem a pena.

Vejamos o que os amigos acharão do rapaz: Dorian Gray, e de seus amigos, o artista, e o “advogado do diabo” (porque o sujeito tem uma visão de mundo que, pelo amor de Deus...) J E já aproveito para lhes deixar uma pergunta: “Será que, realmente a beleza vale tanto?”.

Uma boa leitura...

(Peguei esta foto da internet, mas este livro é exatamente igual ao meu)

“Hoje em dia as pessoas sabem o preço de tudo, mas não sabem o valor de nada.”

Oscar Wilde

"O romance, de forte cariz estético, conta a história fictícia de um homem jovem chamado Dorian Gray na Inglaterra aristocrática e hedonista do século XIX, que torna-se modelo para uma pintura do artista Basil Hallward. Dorian tornou-se não apenas modelo de Basil pela sua beleza física (um Adônis que se diria feito de marfim e pétalas de rosa"), mas também tornou-se uma fonte de inspiração para outras obras e, implicitamente no texto, uma paixão platônica por parte do pintor. Mas o seu retrato, que Basil não quer expôr por ter colocado "muito de mim mesmo", foi sua grande obra-prima.

Lord Henry Wotton, um aristocrata cinico e hedonista típico da época e grande amigo de Basil, conhece Dorian e o seduz para sua visão de mundo, onde o único propósito que vale a pena ser perseguido é o da beleza e do prazer: "sou de parecer que se o homem vivesse plena e totalmente a sua vida, desse forma a todo sentimento, expressão a toda idéia, realidade a todo devaneio... creio que o mundo receberia um novo impulso eufórico,um impulso de alegria que nos faria esquecer todos os males do medievalismo e voltar aos ideais helênicos..." (...)

Ao ver-se em seu retrato finalmente pronto, exaspera-se:

"Eu irei ficando velho, feio, horrível. Mas este retrato se conservará eternamente jovem. Nele, nunca serei mais idoso do que neste dia de junho... Se fosse o contrário! Se eu pudesse ser sempre moço, se o quadro envelhecesse!... Por isso, por esse milagre eu daria tudo! Sim, não há no mundo o que eu não estivesse pronto a dar em troca. Daria até a alma!" .

Só mais umas frases deste livro para deixar um gostinho de "quero mais"...

"... no mundo só existe uma coisa pior do que falarem de nós: é não falarem de nós."

"Não existe influência boa. Toda influência é imoral... Porque influenciar uma pessoa é transmitir-lhe a nossa própria alma."

“Os homens se casam por cansaço, e as mulheres, por curiosidade. Ambos ficam decepcionados.”

"Sinto ciúme de tudo aquilo cuja beleza não morre."

"Definir é limitar."

Lembre-se: Leia mais, para SER mais! Mil beijos a todos... Fiquem com Deus.